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Uma Visão Geral sobre Demência e Doença de Alzheimer

Dados da organização mundial de saúde mostram que no ano 2000 havia no mundo 600 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, número que deverá dobrar ate 2025.

Dos segmentos etários da população mundial, o dos idosos é o que mais cresce e dentro desses, o grupo dos mais idosos, também denominados muito idosos ( indivíduos com 80 anos ou mais) é o que cresce em maior velocidade.

Na prática clínica geriátrica é comum nos depararmos com as chamadas de síndromes  geriátricas são elas, imobilidade, incontinência, instabilidade (quedas), incapacidade cognitiva (demências) e iatrogenia. Todas elas tem em comum o fato de representarem, de alguma forma, risco de perda de independência e autonomia. Essas condições devem ser sempre prevenidas, pesquisadas e combatidas ativamente.

As síndromes demenciais, são caracterizadas por declínio progressivo, das funções mentais como memória, atenção, linguagem e capacidade de planejar e executar ações complexas e estão entre as doenças que maior impacto acarretam ao indivíduo idoso e a seus familiares.

Dentre as causas de demência a Doença de Alzheimer é a mais comum, responsável por 50-60% dos casos, seguida pela Demência Vascular presente em 20 % dos casos.

Em 1901, Alois Alzheimer examinou pela primeira vez a paciente Auguste D., 51 anos que já apresentava demência moderada a grave. A paciente faleceu 5 anos depois e no ano de 1906 Alzheimer relatou o caso e as alterações neuropatológicas hoje conhecidas como emaranhados neurofibrilares e placas neuríticas.

Embora originalmente descrita como uma demência “pré-senil”  (significando que ela seria uma doença de pessoas que se aproximam dos 65 anos, mas não dos idosos em si), hoje é amplamente reconhecido que a doença de Alzheimer afeta principalmente pessoas idosas. Relativamente raros na idade de 65 anos, quando apenas 1,5% têm DA, a sua prevalência duplica a cada 4 ou 5 anos até picos de uma média de 30%  de pessoas afetadas na idade de 80 anos.

Na Doença de Alzheimer, o declínio cognitivo é lentamente progressivo e usualmente se inicia pela perda progressiva da memória. O mais comum é que a memória de curto prazo seja afetada primeiro. Posteriormente, são as memórias cada vez mais antigas que são “apagadas”da lembrança, até o ponto em que o paciente é incapaz de recordar eventos de sua própria vida ou reconhecer seus familiares.

Podemos dividir os sintomas de acordo com as fases de progressão da doença, para melhor entendimento e tratamento de cada fase.

Na fase leve as alterações de memória ficam mais evidentes e manifestam-se outras alterações ainda leves , mas suficientes para permitir o diagnóstico de demência, que além da memória exige pelo menos mais uma função comprometida.  Mais frequentemente as funções executivas encontram-se afetadas. Por exemplo, dificuldade declaração imposto de renda, de manter o extrato bancário atualizado ou preparar um jantar um pouco mais elaborado que o cotidiano.

Na fase moderada o individuo já depende de outras pessoas para atividades da vida cotidiana, como fazer uso do telefone, cozinhar, embora ainda possa ser capaz de autocuidado. Dificuldades de linguagem podem ser mais evidentes podendo evoluir para afasia, dificuldade de compreensão verbal, trocas de palavras.

Na fase chamada de demência grave o paciente é totalmente dependente para todas atividades básicas , já não tem capacidade para tomar banho e comer sozinho e com a evolução o número de palavras se reduzem a poucas por dia, surge dificuldade para andar e assim outras perdas progressivas.

Com base nos dados obtidos sobre a evolução dos sintomas, pode-se criar uma suspeita clínica de Doença de Alzheimer. A partir disso o diagnóstico de DA deve ser feito com auxilio de uma avaliação médica e exames complementares. O diagnostico é de exclusão, através da demonstração de história e sintomas compatíveis com a Doença de Alzheimer e a ausência de outras causas de demência.

Diversos fatores de risco genéticos, doenças não controladas e hábitos de vida tem sido associados ao aumento do risco para demência em estudos populacionais.

Nas últimas décadas muitos estudos tem sido realizados sobre o tratamento da doença de Alzheimer. Atualmente não existe cura para doença, porém existem medicamentos específicos que podem interferir com o progresso da doença e com controle efetivo dos sintomas comportamentais, principalmente quando diagnóstico é feito de maneira precoce, no início do curso da doença.

Em um trabalho publicado em 2001 por Lurin e cols. atividade física tem sido associada a uma redução do risco de  comprometimento cognitivo e demência. Outras revisões verificaram que redes de contato social, atividades físicas e de lazer, dieta balanceada com menor uso de açúcar e alimentos processados, tem efeito protetor contra demência.

De maneira geral, ter um estilo de vida ativo e estimulante na velhice, assim como controle rigoroso de doenças vasculares e de outras doenças crônicas de meia idade, podem constituir duas intervenções possíveis para retardar ou prevenir o inicio das demências.

Diário do cuidador de idosos +Tabela de Controle de Medicamentos:

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